sábado, 11 de junho de 2016

# Entrevistas # Onde Quero Estar

Paulo Sousa «Os 'não!' não devem ser encarados como um problema insolúvel mas um obstáculo.»

Vencedor do prémio Youtube “Músico do Ano”, Paulo Sousa foi também finalista da 6º Edição do programa de talentos “Ídolos”, da SIC.
Foi aos 16 anos que Paulo Sousa se deu a conhecer ao público através do fenómeno YouTube. Mas o seu sonho e ambição não ficou por aqui e, em 2013, iniciou o seu percurso televisivo apresentando-se no programa “Factor X”, na SIC. O seu carisma e talento fizeram com que o jovem viesse a integrar o grupo “YeahLand!” no programa. Apesar de terem alcançado a fase “galas”, não venceram o programa. Em 2015, Paulo regressa aos palcos da SIC, desta vez no programa “Ídolos”. Com uma voz mais aperfeiçoada e uma atitude mais vincada, Paulo consegue alcançar o terceiro lugar.
O jovem acaba por assinar com a editora Farol e vê o seu sucesso atingir o seu auge com o seu primeiro single “Onde quero estar”. Mais tarde, lança o single “Todos os Dias” que rapidamente se torna viral.

Nesta entrevista, Paulo Sousa fala-nos do seu percurso musical e dos seus projetos futuros.


Em 2011 estavas a ganhar o prémio Youtube, “Músico do Ano”. Quando isso aconteceu esperavas que o teu sucesso se propagasse de uma forma tão gigantesca como tem acontecido ao longo dos anos?
Nitidamente que não! Todo o meu percurso desde essa fase tem sido uma surpresa e bem melhor do que aquilo que alguma vez pensei em vir a alcançar. Claro que sonhava mas não achava ser possível.

O que é que tentas colocar nos teus covers que te torne especial e te diferencie dos restantes youtubers?
Gosto sempre de dar um toque pessoal às músicas e não me restringir nem ao instrumento usado na música original nem à linha melódica vocal do intérprete. E sempre foi assim! Quando passa alguma música na rádio tenho a verdadeira mania de alterar as melodias e de cantar “à minha maneira”.

Em 2013 decidiste participar no programa Factor X, na SIC, onde conseguiste alcançar as galas na categoria “Grupos” com os YeahLand!. O que sentiste ao ter de encarar este desafio num grupo e não a solo?
Nunca pensei em desistir. Estava com um feeling que ia ser uma boa experiência e assim aconteceu! Fui, inclusivamente, um dos membros que mais fez “força” para que abraçássemos a oportunidade.

O grupo não continuou após o programa. Consideras que tem sido mais benéfico para ti percorrer o teu próprio percurso completamente a solo ou não descartas a hipótese de um dia vires a integrar um grupo musical?
No momento, não meto em hipótese integrar um grupo. Isto porque comecei e sempre lutei para estar solo. Todas as experiências até então me tornaram mais completo e com outras visões mas sempre me imaginei neste registo e, finalmente, o tempo chegou!

Em 2015 regressaste aos ecrãs da SIC, desta vez no programa Ídolos. Chegaste às galas e acabaste por ficar em terceiro lugar. O que é que isto significou para ti?
A prova de que não devemos desistir e de lutar por aquilo que queremos. Vamos receber muitos “não!” na vida. Para sempre. Em qualquer idade. E sou a prova de que se deve tentar, se deve insistir, se deve lutar pelo nosso sonho. Um dia, chega a nossa vez! Os “não!” não devem ser encarados como um problema insolúvel mas um obstáculo.

O que guardas destas experiências televisivas?
Para além da óbvia experiência televisiva e do que ela acarreta, sinceramente, aquilo que mais guardo na memória são os colegas, as centenas de horas passadas juntos, a viver um mesmo sonho.


O teu single “Onde Quero Estar” tem tido um enorme feedback por parte do público. Que mensagem pretendes transmitir com ele?
É um single de sonho, para mim. É aquilo que sempre desejei, um dia, vir a ter. Ouvi-lo e saber que tem sonoridade "Paulo Sousa" faz-me sentir incrivelmente feliz e orgulhoso. O tema e a mensagem que trata é transversal a tantas pessoas, que acredito que todos nós nos revemos um pouco na letra. A música acaba por falar de amor e no quão sufocante pode ser a ausência de alguém na nossa vida. Mas a realidade é que, ao mesmo tempo, por mais amor que haja e por mais forte que seja o sentimento, nem sempre é tudo como desejamos.

No que diz respeito ao teu single seguinte, o que nos podes dizer sobre “Todos Os Dias”?
A música fala de uma típica relação, cheia de boas memórias, de uma relação que resultou, em tempos, de uma relação em que "os nossos corpos eram um só". No fundo, uma relação na qual não me imagino sem a pessoa, por ser "o único assunto que me faz manter aqui". Acontece que fui dela por pouco tempo, apesar de ter dado tanto de mim. Não sou eu o escolhido dela. Não é por mim que ela chora. E isso criou dor, "deixando-me sem ar". Mas, apesar de saber disso, ela continua a ser com quem eu quero estar porque sinto que, sem ela, não existo.

Nunca escondeste as tuas referências musicais mas sempre mostraste ter um carinho especial pelo Diogo Piçarra. O que é que o Diogo tem que o torne uma inspiração para ti?
Até suspirei ao ler a pergunta. Tenho a sorte de o conhecer para lá da carreira de artista e acho que é também por isso que o Diogo é uma pessoa tão especial. É alguém para quem olho e penso “bolas, quero tanto ser como ele”. Desde a personalidade incrível, passando pela sonoridade e pelas mensagens que as músicas dele transmitem, fazem com que seja alguém que ocupa o papel de meu ídolo musical.

Para além da música tens um novo projeto “Modo Exclamativo”. Como surgiu esta ideia e o que pretendes transmitir com ela?
Fui inspirado pelos vídeos de Nina Millin, que um amigo partilhou comigo. E pensei “calma lá… e se fizesse isto com músicas portuguesas?”. E assim foi! As pessoas tendem em não ouvir as letras e até já dei por mim a declamar algumas e a perceber realmente a mensagem que o artista queria passar.

Para terminar, o que mais podemos esperar de ti para o futuro?
Espero que muita música, com carimbo “Paulo Sousa”. Acho que isto diz tudo.


Terminada esta entrevista, resta-me agradecer ao Paulo por ter aceite o meu convite e ao Ivo Dias por toda a sua disponibilidade e atenção.

4 comentários:

Até logo, Diamond!

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